Pai é realmente quem cria!

         

              Amados irmãos em Cristo Jesus, venho através destas linhas e Deus sabe da minha honestidade, em transpor meus sentimentos com o fito de pedir desculpas publicamente a um dos meus filhos. Falo do meu mais velho, o Ricardo, de vinte anos, que na cronologia da vida tem vinte cinco anos! Vou explicar melhor aos irmãos, pois sou bom de contas. Esta antítese cronológica se explica, pelo fato que quando iniciei o meu relacionamento com minha ex- companheira, (já narrado  em Deus ouve orações) Ricardo tinha apenas cinco aninhos de idade.

          Eu embora muito jovem, decidi tê-lo como verdadeiramente meu filho. O Senhor nosso Deus que sonda corações, sabe que estou externando a pura verdade.

          Irmãos, só que as coisas não foram como pensei que seriam. Iniciei uma relação num momento muito conturbado, uma criança no meio do fogo cruzado de uma recém-separação. Abandonada emocionalmente e materialmente por seu pai biológico, mas ganhando um novo pai? Não, infelizmente fui literalmente impedido de exercer a verdadeira paternidade. Podia ser o amigo, inventor de brincadeiras, dar presentes, levar ao médico  etc. Educar? Só de forma mitigada. Pois exercer todos os direitos de um pai não! Não podemos esquecer que um pai é aquele que ama, educa, dá carinho, mas repreende também, pois foi assim que fui educado e graças a Deus, muito bem!

          Lá vinha sua mãe com os freios inibitórios na minha paternidade e com o reinterado discurso “Você fala assim com ele porque não é seu filho”. No caso de uma reprimenda, como era triste ouvir isto por anos, ficava arrasado, me fazia distanciar dele emocionalmente por dias. Triste pra mim? Tenho certeza que era para os dois.

          Depois de seis anos de iniciada a relação nasceu meu outro filho, o Lucas, que hoje tem quatorze anos e pude finalmente exercer e o faço até hoje, a minha paternidade, ser carinhoso e exercer a autoridade sem nunca ter tido a interferência da sua mãe. A mesma que sempre se colocava como super protetora na vida do mais velho em detrimento da minha paternidade e isto ficou muito claro quando ela mesma observando minha relação após alguns anos com o Lucas e disse: “Você é um excelente pai! Errei muito em não permitir que você exercesse este dom com o Ricardo”.

          Irmãos, senti de Deus escrever esta carta pedindo desculpas ao meu filho Ricardo e torná-la pública, meu amor por ele e a certeza que vou lutar com a ajuda de Deus para resgatar tudo que nos foi tirado. Desculpa-me meu querido filho Ricardo, teu pai te ama!

          E que acima foi exposto possa com a ajuda de Deus, orientar as pessoas que estejam vivendo momentos parecidos com o que foi narrado.

Obrigado Senhor por meus filhos!

Paulo Bastos